domingo, 27 de setembro de 2009

SUGESTÃO DE LEITURA: "Uma Gota de Sange: História do Pensamento Racial" de Demétrio Magnoli, Editora Contexto.

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OPINIÕES E COMENTÁRIOS
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Seguem abaixo comentários de analistas, professores, advogados e antropólogos sobre o livro "Uma gota de sangue: história do pensamento racial" de Demétrio Magnoli. Fonte: Band News FM
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José Carlos Miranda [da Esquerda MARXISTA] critica a política de cotas
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Para o coordenador nacional do Movimento Negro Socialista, dar direitos diferentes para cidadãos iguais vai contra a construção de uma sociedade igualitária e resulta na repetição de erros do passado que produziram massacres de populações. José Carlos Miranda rejeita a política de cotas para negros e a criação de um Estatuto da Igualdade Racial e explica que, a pretexto de corrigir injustiças do passado, bebe-se nos mesmos argumentos racistas para pedir que negros tenham tratamento diferenciado.
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Leão Alves é a favor de abolir tratamentos diferentes
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O secretário-geral do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro diz que privilegiar um grupo de pessoas em detrimento de outro por meio de leis raciais é uma política antidemocrática. Leão Alves afirma que é preciso eliminar tratamentos diferenciados, ainda mais quando se fala de uma população tão miscigenada quanto a brasileira. Por isso, ele ressalta a importância do livro do colunista e sociólogo Demétrio Magnoli.
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Cláudio de Moura Castro diz que a política racial brasileira é igual à norte-americana
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O professor, pesquisador e mestre em Educação, Cláudio de Moura Castro afirma que as desigualdades sociais existentes no Brasil não podem ser confundidas com distinções de cor de pele e, portanto, criar direitos diferentes para brancos e negros é um erro, baseado em um conceito artificial. Para ele, compreender a origem do conceito de raça é fundamental para entender por que a política de cotas para negros nas universidades, por exemplo, é equivocada. O mestre em Educação Cláudio de Moura Castro cita Gilberto Freire, e lembra que o pensamento racial no Brasil é o da miscigenação. Mas, segundo ele, o país importa uma política racial norte-americana, com riscos à uma sociedade que se pretende tolerante.
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Romano da Silva afirma que a divisão racial é perigosa
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Também entrevistado sobre o assunto, o professor titular do Departamento de Filosofia da Unicamp, Roberto Romano da Silva considera equivocado e perigoso o caminho da divisão racial. Ele afirma que as políticas que propõem direitos diferentes para brancos e negros acirra preconceitos.
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Carlos Pio discorda da política racial brasileira
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O professor de Economia Política Internacional da Universidade de Brasília Carlos Pio diz que a política racial que o Brasil vem adotando segrega e não faz justiça, ao contrário do que se prega. Para ele, a institucionalização da raça elimina a "meritocracia", ou seja, a pessoa negra passa a 8ser merecedora de uma vaga ou cargo pela cor, e não pelo mérito. Por isso, o professor Carlos Pio diz que o livro do sociólogo e colunista da BandNews FM Demétrio Magnoli chega em um momento fundamental.
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Helda Castro de Sá afirma que o livro vem no momento certo
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Consagrar em lei o equívoco da divisão da sociedade em raças é inaceitável diante do preceito constitucional da igualdade entre cidadãos. A análise foi feita pela coordenadora da Associação dos Caboclos e Ribeirinhos, Helda Castro de Sá, ao criticar a aprovação do Estatuto Racial na Câmara e ao comentar o livro do colunista da BandNews FM Demétrio Magnoli. Para Helda Castro de Sá, a publicação vem num momento importante, já que o Estatuto da Igualdade Racial está para ser aprovado também no Senado. O texto não fixa um porcentual de vagas para negros nas universidades, mas estipula um cota para candidatos negros nas eleições e cria incentivos fiscais para empresas com 20% de trabalhadores negros. Helda Castro de Sá argumenta que o critério da raça carece de fundamento científico e cria privilégios para um grupo de pessoas, na tentativa de corrigir desigualdades que são sociais, e não raciais.
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Alba Zaluar diz que a política de cotas não promove justiça social
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O Senado vai avaliar nos próximos dias se estabelece ou não uma cota para negros nas universidades brasileiras, e se inclui esse porcentual no Estatuto da Igualdade Racial, aprovado na semana passada pela Câmara. Para a antropóloga a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Alba Zaluar, os senadores têm nas mãos a chance de corrigir um erro, que não tem promovido a justiça social.
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Manolo Florentino afirma que o Estatuto da Igualdade parte de pressupostos errados
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O Estatuto da Igualdade Racial vai alimentar o ódio entre brancos e negros, caso seja aprovado em definitivo no Senado. A opinião é do historiador e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Manolo Florentino. O texto do Estatuto, que já passou pela Câmara, prevê, por exemplo, uma espécie de incentivo fiscal para empresas com 20% de trabalhadores negros. Também estabelece cotas para candidatos negros nas eleições. Para o professor Manolo Florentino, o Estatuto cria a discriminação invertida, quebra o princípio constitucional da igualdade de direitos e parte de pressupostos equivocados. O historiador diz que aprofundar as discussões sobre o tema é fundamental antes que o Estatuto vire mesmo lei.
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Luiz Werneck Vianna diz que a questão racial merece mesmo discutida na sociedade
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O Estatuto da Igualdade Racial é um risco à uma sociedade que se pretende tolerante e que sempre viveu sob um mesmo estatuto legal, sob uma mesma constituição. A afirmação é do professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Luiz Werneck Vianna. Ele diz que é um erro tentar corrigir desigualdades que são sociais, dando a elas tratamentos raciais. O professor afirma que o tema merece mesmo ser amplamente discutido na sociedade.
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José Augusto Drummond afirma que o Estatuto pode ser considerado inconstitucional
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O Estatuto da Igualdade Racial, já aprovado na Câmara e em tramitação no Senado, pode acirrar o preconceito no Brasil. A análise é do cientista político e professor da Universidade de Brasília José Augusto Leitão Drummond. Ele explica que a sociedade brasileira é miscigenada e por isso será difícil definir quem pertence a determinada raça. Para o cientista político e professor, o Estatuto pode ser considerado inconstitucional.
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Isabel Lustosa diz que a desigualdade social não tem ligação com a cor da pele
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A institucionalização da raça no Brasil pode inaugurar o ódio racial na população como visto em países como Estados Unidos e África do Sul. A afirmação é da pesquisadora da Fundação Casa Rui Barbosa, Isabel Lustosa. Ela afirma que a desigualdade social no país não tem ligação com a cor da pele. Segundo a pesquisadora, a população brasileira é miscigenada e isto é positivo para o país.
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Ferreira Goulart diz que querem trazer para o Brasil algo que já não deu certo em outros países
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O Estatuto da Igualdade Racial vai gerar conflitos no Brasil que não existiram ao longo de toda a nossa história. A análise é do escritor Ferreira Goulart sobre o texto que prevê incentivos fiscais para empresas com 20% de trabalhadores negros e fixa cotas para candidatos negros nas eleições. Para o escritor Ferreira Goulart, estão querendo trazer para o Brasil algo que já não deu certo em outros países. Sobre as cotas raciais nas universidades, Ferreira Goulart afirma que o Brasil deveria se preocupar em dar ensino básico de qualidade para todos.
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Adelaide Jóia qualifica as ações afirmativas raciais são injustas
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Em vez de criar o Estatuto da Igualdade Racial, o Brasil deveria concentrar esforços para acabar com as desigualdades sociais no país, começando com um ensino básico de qualidade para todos. A análise é da socióloga, mestre em Educação Infantil pela PUC de São Paulo, Adelaide Jóia. Para ela, as ações afirmativas raciais são injustas. A socióloga Adelaide Jóia acredita que o Estatuto da Igualdade Racial vai acirrar o preconceito no Brasil. .
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Almir fala sobre o primeiro dia da greve dos bancários do Rio

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Almir Aguiar, bancário do Bradesco, é presidente do Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro (CUT)
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Clique abaixo e leia artigo no site da Esquerda Marxista:
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bancários em greve!


 

Sem proposta de aumento real, bancários das redes pública e privada entraram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléias realizadas dia 23/09 em todo o Brasil.


 

O Comando Nacional orientou a base a rejeitar a proposta da FANABAN (Federação dos bancos) e decidir pela greve: "A nossa pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 10 de agosto e, após mais de um mês de negociações, eles fizeram uma proposta rebaixada, que apenas repõe a inflação, diminui o valor da PLR e ignora as outras demandas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - Contraf-CUT. (Último Segundo)


 

Acessem o site da Contraf-CUT e leiam em detalhes as principais reivindicações dos bancários e a proposta (ou a falta de proposta) dos banqueiros:

http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=18755


 


 

Contra a intransigência dos patrões e do Governo

está a disposição de luta dos bancários


 

Os responsáveis por essa crise financeira não são os trabalhadores, que os capitalistas paguem por ela. É com essa perspectiva que se iniciaram as mobilizações com assembléias cheias e unidade entre trabalhadores dos bancos públicos e privados. Quem poderia (e deveria) ajudar muito mais é o Governo. Lula poderia contribuir para quebrar a intransigência dos banqueiros atendendo desde já as reivindicações dos funcionários do BB da CAIXA. Isso forçaria os bancos privados a ceder. Mas ao invés de cumprir esta tarefa, nada além do mandato que o povo deu a Lula, o Governo prefere se esconder atrás da FENABAN e tomar atitudes anti-operárias como em 2008 quando não abonou os 23 dias de greve dos trabalhadores da CAIXA.


 

Na assembléia do Sindicato da Baixada Fluminense (23/09), um companheiro explicou a necessidade de incluir nas atividades da greve a paralisação também das compensações de cheques. Ele lembrou que na década de 80, essa medida ajudava a garantir reajustes mais satisfatórios, à medida que a compensação de cheques atinge mais fortemente a circulação de capital.


 

Somos todos bancários!


 

Os bancários não podem se intimidar e devem se agarrar a seu sindicato e exercer seu direito legítimo de greve. Pois o Brasil tem jeito, e só a unidade e luta dos trabalhadores podem resolver nossos problemas sociais. Os bancários estão dando o exemplo! Outros militantes jovens e trabalhadores devem se solidarizar com eles participando e fortalecendo as atividades da greve!


 

Esquerda Marxista RJ